1 – Quando era redator de fofocas de revistas revelei
um caso amoroso entre uma atriz e um cantor casado. Não citei nomes na
matéria, mas eles assumiram a “carapuça”
2 – Na qualidade de assistente da direção geral da TV-Jornal eu era encarregado de pagar os “cachês” dos
atores, atrizes e coadjuvantes do elenco da novela “ A Moça do Sobrado Grande”.
Só estranhava que na lista figurava o nome de uma pessoa que nunca era visto na
novela. Depois fiquei sabendo que o cara era simplesmente o dono do cavalo e da
charrete que aparecia sempre nos capítulos do consagrado seriado.
3 – Galba Araujo, “dublê” de advogado e cantor,
falecido no Rio de Janeiro, costumava aparecer nos bastidores durante o
“Programa Jota Ferreira”, mesmo sem estar escalado, para rever os amigos. Numa
dessas vezes, faltando dois minutos para o programa terminar, Jota Ferreira
achou de anunciá-lo. Galba entrou na maior empolgação e começou a cantar. Um minuto depois, foram inseridos na imagem
os créditos finais do programa. Ao
final, Galba veio a mim agradecer pela oportunidade, mas perguntou intrigado: -
“Só não por que apareceram tantas
palavras na minha cara enquanto eu estava cantando....” Preferi não explicar o ocorrido.
4 – Quando eu era repórter da Radio Capibaribe fui escalado para a cobertura dos desfiles das agremiações
carnavalescas, que aconteciam na Avenida Dantas Barreto.
Naquela época as transmissões externas eram feitas por linha telefônica e, para economizar, a Emissora utilizava apenas o recurso de uma linha só, que não permitia que por ela a gente se comunicasse
com o estúdio. Assim, de meia em meia hora, quando eu ouvia a vinheta
anunciando o repórter eu teria que dar
um flash do local. Era pouco mais de uma hora da tarde, não havia agremiação
desfilando, mas eu tinha que dar alguma informação. Eu já havia entrevistado
todas as pessoas importantes que estavam no palanque oficial, foi quando
avistei de longe o jornalista Sócrates Times de Carvalho (famoso na época) e
comecei então a falar diversas vezes o
nome do jornalista até que me vi ao lado dele. Voltei a anunciá-lo, quando o cidadão disse ao
microfone: - “Sócrates não sou eu, não.” Procurei um buraco para me enterrar naquela
hora. O cara era a cópia fiel do jornalista e ele próprio reconheceu isso
depois da minha “gafe”.
5 - Walter
Lins, no auge de sua carreira de animador de auditório na Radio Clube,
costumava me convidar para acompanhá-lo toda vez que Comparecia a festinhas em sua homenagem. Certa noite,
estávamos numa dessas reuniões em casa de uma fã, quando Walter resolveu me
apresentar como se eu fosse famoso locutor da Radio Nacional do Rio de Janeiro,
de passagem pelo Recife. Assumí o papel pensando que depois Walter
iria revelar que tudo não passava de uma brincadeira. Mas, isso não aconteceu e
eu passei a festa toda dando autógrafos e falando com “voz de locutor” para não comprometer Walter Lins.
6 – Brivaldo Framklin se
notabilizou na Televisão personificando a figura do “Zé do Gato”, quadro humorístico de grande
popularidade. Convivi com Brivaldo como um dos bons companheiros de trabalho.
Tinha fama de “mão fechada”. Sempre que
chegava ao Restaurante da TV-Jornal
procurava saber o sabor da sopa e o preço e sempre pedia “meia sopa” para
economizar. Escalado pela Radio
Capibaribe para cobrir os bailes carnavalescos do Clube Sargento Wolff, eu tive
o privilegio de ocupar uma mesa de pista no salão do clube e de gozar da
mordomia da diretoria. Não havia limites para pedidos de bebidas e comidas. Na
ultima noite do Carnaval, fui surpreendido com a chegada de Brivaldo e esposa. Ele havia estado no Clube Internacional, mas preferiu encerrar os festejos de momo no Wolff. Acomodou-se na minha mesa e
minutos após o garçom chegou com duas b andejas carregadas de comidas e bebidas. Brivaldo
não quis nem saber se aquilo era cortezia do clube ou seria “rachada” no
final da festa. Deu uma desculpa e foi embora... A fama de “pirangueiro” era
tanta que contam que ele foi buscar uma namorada na casa dela. Quando a moça
apareceu, certa de que ia ter uma noite maravilhosa, Brivaldo foi logo perguntando:
- “Já jantou, minha querida ?”
A garota surpresa respondeu empolgada:
- “Ainda não”.
“Então, volte, jante e depois a gente
conversa....”
O namoro acabou naquela mesma
noite.
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