Conheci o México City e Bogotá
(Colômbia), simultaneamente. Passei um mês em cada uma, no
ano de 1971. Escolhido para representar a TV-Universitária no projeto de intercambio das televisões
educativas da America Latina, patrocinado pela OEA – Organização dos Estados
Americanos,
participei de um estágio de observação nas duas capitais. Juntamente com a
saudosa companheira de trabalho, Ivanise Palermo.
Aprendemos muito pouco durante a viagem, porque em
matéria de comunicação o Brasil sempre foi
bastante avançado e criativo. O que restou da viagem foi o
turismo que fizemos. Nos finais de semana, dentro da programação traçada, tive
o privilegio de conhecer pontos turísticos
inesquecíveis. O México,
chamada de “Cidade dos Palácios”, possui monumentos arquitetônicos suntuosos,
como o Museu de Antropologia, que a pessoa leva pelo menos
dois dias para conhecer o acervo de peças arquologicas, artesanais e
folclóricas do país; a Catedral do
México, o Palácio Nacional, o Palácio de Belas Artes; a Praça das Três
Culturas; a Cidade Universitária; o Estádio Azteca, onde o Brasil se sagrou tri-campeão na Copa do Mundo de 1970;
e a Torre Latimo-americana, com 47 andares, de onde se pode ver toda a Grande
Capital; estivemos também em Xochimilco, onde barcos decorados com flores circulam por canais atraindo turistas; e a
fantástica Praça das Pirâmides Aztecas,
em San Juan de Teotihuacán.
Uma coisa não me agradou: a culinária
mexicana, muito carregada na pimenta. Outra coisa que atrapalha é a altitude.
México fica há quase 800 metros acima do nível do mar. Quem não está preparado se
cansa logo nos primeiros passos.
Encontrei Bogotá em crise política intensa. Muito pouca
segurança nas ruas. No segundo dia, os jornais noticiaram a morte
de passageiros e do motorista de um
ônibus que trafegava pelo centro da cidade e foi alvo da ação de
terroristas. Os recepcionistas do
hotel onde estava hospedado me aconselhavam sempre a não sair sozinho,
principalmente à noite. Fui proibido até de atravessar a rua para comprar
cigarros. Mas, apesar de tudo, tive a
oportunidade de assistir a uma tourada, na principal praça de touros da cidade.
Não gostei dos trejeitos do toureiro, mas ele ganhou a parada para o touro
e foi muito ovacionado pela torcida.
Ambos saíram carregados: o toureiro pelo triunfo alcançado. O touro
porque morreu em praça publica. O espetáculo lembra as épocas remotas em que
leões devoravam seres humanos para alegria do povo.. Ainda em Bogotá, conheci o Salto de
Tequendama, uma queda dágua muito
parecida com a que existe na cidade de Canela (RS),
A cascata tem 140 metros de altura, há
pouco mais de 40 quilometros da Capital. Na primeira vez, só ouvimos o som da água caindo,. Um forte
nevoeiro escondeu de nossos olhos essa
beleza da Natureza. No dia seguinte, o
tempo continuava nublado, mas não existia o nevoeiro e conseguimos visualizar o
maravilhoso espetáculo.
Durante um curso de radio educativo,
realizado no Rio Grande do Sul, reunindo profissionais
de todo o país, ocorreu a chance de
pisar em outro solo estrangeiro. Era um fim de semana majs longo – o feriado
de 8 de dezembro caiu na
sexta-feira e os companheiros mais abastados e que
moravam em Estados próximos
decidiram causar inveja na gente, os “matutos” do norte-nordeste. Eles decidiram passar o fim de semana em
Buenos Aires e como a nossa grana (já era o finzinho do curso, que durou 25
dias), não dava para vôos mais altos,
resolvemos participar de um pacote turístico até Montevidéu, com passagens
pelas praias de Punta Del Leste e
Piriápolis. Participaram da excursão meu conpanheiro pernambucano Washington França,
um amazonense e um cearense. Saímos as 7 da noite do centro de Porto
Alegre e as 7 da manhã estávamos em Montevidéu. O passeio foi maravilhoso. Conhecemos Punta
Del Leste, famoso laneário do litoral
uruguaio e outras regiões litorâneas. Ficamos
num hotel 3 estrelas no centro da cidade
e conhecemos os pontos turísticos no mesmo ônibus da nossa viagem.
Chegamos de volta a Porto Alegre as 7 da manhã da segunda-feira. Para quem não
tinha grana pra gastar em Buenos Aires a gente se contentou com Montevidéo.
Por duas vezes estive nos Estados
Unidos, precisamente em Orlando e Miami, acompanhado por Samir Abou Hana, que
já conhecia o caminho. Orlando é um
verdadeiro sonho. Depois que Walt Disney decidiu fazer dela o lar de Mickey e
seus amigos e criar a Walt Disney World,
a cidade transformou-se uma metrópole que recebe milhões de visitantes
de todo o mundo. Os parques temáticos são atrações obrigatórias, onde os sonhos
e a ficção se tornam realidade:
Universal Studios, Walt Disney Magic, Epcot Center, MGM Studios, entre
outros. Ficamos hospedados no Hotel
Holiday in, na International Drive, a
principal avenida do centro turistico de Orlando a poucas quadras do Wet`n
Wild, o melhor parque aquático das Américas.
Um desses centros de diversão mais
procurados é a Universal Studios, onde são apresentadas tecnologias de efeitos
especiais de filmes consagrados,
como “King Kong”, “”Tubarão”,
“Terremoto”, no meio dos quais nos tornamos personagens vivos. Um dos que mais
nos atraíram foi
A criação de Stephen
Spielberg. Dentro de um barco umas 10 a 15 Pessoas saem num passeio pela
replica do Porto de Amity, momento em que surge um enorme tubarão branco de 3
toneladas de puro terror. Ondas De excitação tomam conta dos visitantes a cada ataque da
selvagem criatura. Uma mistura de diversão e medo provoca a emoção, enquanto enormes chamas circundam os
visitantes. Explosões ecoam em todas as direções levando os atônitos
passageiros a confundir imaginação e realidade.
Cinemas em 3D, com poltronas moduladas, que giram de acordo com os
movimentos do filme, replicas de filmes
de faroeste, e o incrível vôo que fazemos
no assombroso “De volta para o Futuro”, onde uma das recomendações é
não ter problemas cardíacos para enfrentar a extraordinária
sensação de voar pelo espaço.
No Parque da Disney a gente volta a ser
criança. Tudo é fantasia. Um imenso parque de diversões, onde milhares de
pessoas, entre adultos e crianças se deslumbram com a mágica sensação de causar
uma emoção diferente e o encantamento de
brincar com os personagens que se tornaram
imortais no cinema. Ainda tem
o Epcot Center, onde estão fabulosas atrações construídas com a mais avançada
tecnologia e a presença de onze países do mundo, que exibem
sua arquitetura, artesanato e gastronomia.
Por ultimo Miami, na região sul dos Estados Unidos onde a cultura latina e
espanhola se misturam tornando uma cidade à parte. Localizada no litoral, Miami
tem 15 milhas
de praias, sendo a mais conhecida Miami Beach.
O comercio de eletro-eletronicos é a grande atração para os turistas,
valendo destacar a presença de muitas lojas de brasileiros. No porto, há sempre
um luxuoso transatlântico aguardando passageiros para as rotas turísticas pelo
Caribe. No centro, um metrô de superfície percorre os pontos turísticos para
facilitar o conhecimento do que existe de mais significativo na cidade.
Estive em Orlando e Miami por
duas vezes. Se a idade e as finanças
permitirem algum dia voltarei por lá
para rejuvenescer alguns anos da minha vida....
O ENORME GLOBO DO “EPCOT CENTER”. |